O controle de pragas no trigo baseia-se em algumas práticas para prevenir e controlar a infestação de microrganismos que podem danificar a qualidade do trigo armazenado. Essas pragas podem se proliferar em silos, assim causando perdas econômicas significativas para os produtores de trigo. A exposição de grãos e sementes a altas temperaturas e humidade influenciam na sua conservação e contribuem para o crescimento de fungos toxigênicos nocivos ao homem e aos animais.
De qualquer maneira, o tratamento químico e o uso de agrotóxicos são técnicas que normalmente tem-se utilizado para reduzir o crescimento de fungos e micotoxinas nos grãos. Porém, devido à alta toxicidade e resíduos químicos nos alimentos resultantes dessas práticas, busca-se uma alternativa mais segura. Por isso que cresce a procura pelo uso do gás ozônio (O3) devido à sua poderosa capacidade fungicida.
Basicamente, o Ozônio é eficaz contra os principais contaminantes do trigo, agindo contra fungos e insetos-praga. Também é capaz de degradar micotoxinas e resíduos de agrotóxicos. Produzindo-o no próprio local de aplicação (geradores de ozônio), reduz os gastos recorrentes com compras de produtos químicos. Além disso, se auto decompõe em oxigênio em minutos, sem deixar resíduos tóxicos de sua aplicação. Portanto é uma alternativa mais eficaz, totalmente segura e econômica.
Existem várias medidas preventivas para o controle de pragas de trigo no armazenamento em silos. Algumas das medidas mais comuns incluem:
Mesmo que todas as medidas preventivas sejam adotadas, muitas vezes, não é possível ter total controle para evitar os contaminantes, dessa forma, medidas de descontaminação são necessárias. A descontaminação química como a utilização de inseticidas organofosforados e piretróides é um dos métodos utilizados que mais preocupam, principalmente devido aos resíduosdesses agrotóxicos deixado no trigo.
A armazenagem incorreta contribui com a proliferação de fungos responsáveis pela deterioração dos grãos e sementes, o que leva a perda do poder germinativo, descoloração, redução do valor nutritivo e alterações no odor, podendo afetar a qualidade dos produtos derivados comercializados.
No trigo, os fungos toxigênicos, principalmente o Aspergillus e o Penicillium, são os mais comumente encontrados. As principais micotoxinas que se encontram nos silos são as Aflatoxinas (AFLs), a Citrinina (CTR) e também a Ocratoxina A (OTA). Resultando, portanto, em perdas econômicas diretas e indiretas, devido à perda de grãos e a rejeição ou desvalorização no mercado, além do risco de intoxicação.
A utilização do gás O3 em grãos de trigo pode ser uma medida promissora para melhorar a qualidade e segurança durante o armazenamento nos silos. O ozônio (O3) é um poderoso agente oxidante e desinfetante e considerado como um produto seguro nas indústrias alimentícias. Devido à sua instabilidade, o gerador de ozônio o produz e aplica diretamente no silo. Isso faz que se reduza os gastos e perigos relacionados ao seu transporte e armazenamento.
Além da capacidade de matar pragas de armazenagem, consegue degradar micotoxinas, resíduos de agrotóxicos e produtos químicos presentes no trigo. Tudo isso sem deixar resíduos tóxicos, pois volta a ser oxigênio em alguns minutos. Nesse sentido, o O3 gasoso é um excelente método como uma tecnologia segura e verde para preservação durante o armazenamento, descontaminação e controle de pragas no trigo.