As características da água de poço podem variar significativamente dependendo da localização e das condições geológicas da região. Por isso, é fundamental saber como tratar a água de poço, para que ela possa ser devidamente utilizada. Seja na agroindústria como água de irrigação, na indústria alimentícia, utilizada como matéria prima, nos processos de higienização, faz-se as análises físico-químicas para garantir então a qualidade do seu produto e confiança para o consumidor.
A ANVISA é o órgão competente à fiscalização da utilização de águas em insumos alimentícios, e a Portaria MS nº 2.914/2011 dispõe sobre o padrão de potabilidade da água para o consumo humano. Portanto, o que se deve fazer para utilizar a água subterrânea após obter uma licença ou outorga de uso, é o tratamento, a cloração e o controle de qualidade potável. Seguir, pois, o padrão microbiológico de qualidade da água para o consumo humano (ausência de coliformes totais e Escherichia coli) e valores corretos dos parâmetros físico-químicos: Cor, turbidez, pH, cloro residual.
Uma nova tecnologia promete melhorar a qualidade da água nas indústrias, pela remoção de tanto microrganismos quanto a remoção de cor e turbidez. Com o ozônio, é possível reduzir custos de compras produtos químicos e permitindo um tratamento mais rápido e eficaz. O ozônio, com seu maior poder oxidante, portanto, é mais eficaz na eliminação de microrganismos patogênicos. Além de conseguir oxidar compostos orgânicos e minerais que causam cheiros e deixam a água turva. Para saber mais dos benefícios e vantagens de utilizar o ozônio no tratamento da água de poço, clique aqui.
Para se alcançar o padrão microbiológico da água deve-se primeiro realizar uma desinfecção, geralmente através da cloração que é mais popular atualmente. Porém, dependendo da finalidade da água o cloro resudual acaba trazendo outros problemas. Como por exemplo na produção de bebidas como vinhos, o cloro pode reagir deixando um gosto desagradável ou produzir compostos tóxicos. Assim, nesses casos é recomendado adicionar um processo de decloração, assim aumenta os custos da produção.
Ao tratar a água de poço com ozônio, ele é capaz de alcançar uma maior desinfecção comparando aos químicos tradicionais com cloro como princípio ativo. Por causa disso ele possui uma eficácia contra uma ampla variedade de microrganismos, como bactérias, fungos, vírus, vermes, entre outros. Tudo isso sem deixar resíduos tóxicos na água que precisam de uma posterior remoção, como remover o cloro após a desinfecção.
Outro aspecto que precisa tratar a água de poço é a remoção de minérios que deixam a água turva ou com odores indesejáveis. Dependendo do uso dessa água, como em indústrias de bebidas ou agroindústrias, esses minérios prejudicam o produto final, portanto, é necessário removê-los. Os tratamentos mais conhecidos são a precipitação por via química ou osmose reversa – sendo mais custos para adicionar esses processos.
O papel do ozônio nesse caso seria o de oxidar o ferro, que em contato com a água forma um hidróxido insolúvel. Ou também no caso do manganês, o ozônio o oxida e forma um óxido insolúvel que ambos são facilmente removíveis com uma filtração. Ao invés de adicionar mais produtos químicos ou emprego de processos caros, o emprego do ozônio é um ótimo oxidante que necessitaria apenas de um gerador de ozônio.
Os odores desagradáveis na água podem ser causados por compostos orgânicos voláteis, como o sulfeto de hidrogênio, que é produzido por bactérias anaeróbicas em ambientes com pouco oxigênio. Quando se adiciona o ozônio à água, ele reage rapidamente com esses compostos, oxidando-os removendo a coloração e odores causadas por ela.
No entanto, é importante ressaltar que a ozonização não remove contaminantes como metais pesados e nem altera a alcalinidade ou dureza da água. Se esses forem os problemas do seu poço, a combinação de outros métodos é importante, então, para se obter a melhor qualidade de água possível.